6 de dez. de 2012
Estudo de Célula PGL - Dezembro
Estudo de Célula PGL
Mês DEZEMBRO
Próxima Mega Célula 27/12/2012 às 19:30
OS CINCO ESTÁGIOS DA DESLEALDADE
Introdução
O objetivo do estudo deste mês é compreendermos que a deslealdade é um processo. E uma vez entendendo este processo, precisamos identificar se estamos, de alguma forma, inseridos em algum dos estágios dos quais iremos tratar. É importante ressaltar que muito antes de tentarmos detectar a deslealdade na vida do nosso próximo precisamos olhar para dentro de nós, conforme as instruções do nosso mestre Jesus. (confira Mt. 7:1-5)
Dois personagens são centrais neste mês: Joabe e Absalão. O primeiro era general de Davi; e o segundo, seu filho. Os dois eram bem próximos ao rei Davi, e mesmo assim, eles tinham muita dificuldade em entender que Davi respondia por seus atos a Deus. Assim, mesmo errando ele não deixava de ser rei, ou seja, não é porque o líder erra ou toma uma decisão acerca da qual temos uma opinião divergente que ele deixa de ser líder, digno de respeito e obediência por este simples fato.
O general desobedeceu ao rei três vezes e o filho se rebelou contra o Pai. É interessante notar que o fim dos dois é a morte.
1ª Semana - 04/12/2012 a 08/12/2012
1. Primeiro estágio: Espírito Independente.
Nesta fase a pessoa é autônoma no meio da Igreja, faz o que acha que tem que fazer, vai às reuniões que julga serem importantes, obedece às ordens que quer, seus desejos/motivações estão acima de qualquer nível de submissão à autoridade.
Vemos isso na vida Joabe (II Sm. 3:20-27) ao invés de se submeter à decisão de Davi em se aliançar com Abner, cujo propósito era proclamar a Davi como rei em todo o Israel, suplantou os planos de seu líder por causa de suas motivações pessoais (vingar a morte de seu irmão).
Compartilhe: À luz da Palavra, no que diz respeito à autoridade espiritual, qual deve ser a nossa postura quando temos uma opinião divergente do nosso líder?
“Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês.” (Hb. 13:17 - NVI)
Mesmo que o líder tome decisões acerca das quais temos um ponto de vista diferente, precisamos respeitar o fluxo da visão: Deus fala com o líder e os liderados obedecem a visão repassada da parte de Deus pelo líder.
Em II Sm. 18:5-14, Joabe ataca novamente. A ordem de Davi foi clara ao ordenar que Joabe não fizesse mal a Absalão. Entretanto, Joabe ordena que no campo de batalha matassem o filho de Davi.
Estas não foram as únicas atitudes de Joabe de independência. Entretanto, o que precisamos destacar é que os que vivem sob influência de um espírito independente fazem o que acham certo e não o que seus líderes orientam que façam. Vemos que o espírito de independência está latente pronto a explodir quando algo não ocorre da maneira que o rebelde pensa ser certo.
Texto para reforço: I Reis 1: 5-7; Cl. 3:20; Rm. 13:1; Ef. 5:22
2ª Semana - 11/12/2012 a 15/12/2012
2. Segundo estágio: Ofensa
Pessoa ofendidas são profundamente marcadas e devem procurar cura, caso contrário, podem dar lugar à deslealdade. O maior exemplo disso é Absalão que viu o Pai deixar de julgar (era a função do rei) Amnon, seu irmão, que estuprou Tamar, filha de Davi. Com isso, ele se sentiu ferido duas vezes: pelo irmão que fez o que fez com a irmã e pelo pai por ter perdoado o ato de Amnon.
Compartilhe: Sabemos que não estamos livres das ofensas no corpo de Cristo. À luz da Palavra, como devemos tratar as ofensas?
“Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos.” (Hb. 12:15)
A ofensa abre a porta para o espírito de traição, pois a pessoa passa a se sentir no direito de questionar a bênção e autoridade de Deus que está sobre a vida da liderança. Com isso, dá lugar a pensamentos sofismados como: “Por que Deus pode querer um juiz como Davi, que deixa de punir a pessoa que estuprou sua própria filha?”. Acontece que mesmo errando o líder continua a ser líder. Davi entendeu isso enquanto era perseguido por Saul, injustamente. Infelizmente, Absalão não entendeu da mesma forma.
Texto para reforço: I Pe. 3:9; Mt. 6:12; Lc. 17:4
3. Terceiro estágio: Passividade e Crítica
Depois de serem ofendidas por alguma coisa, as pessoas tendem a se tornarem passivas, porque não souberam tratar a ofensa à luz da Palavra. Ficam desinteressadas pelas coisas que envolvem a igreja local, e quando “fogem” para outro ministério, procuram não se envolver em responsabilidades.
"Maldito o que faz com negligência o trabalho do Senhor! Maldito aquele que impede a sua espada de derramar sangue!” (Jeremias 48:10 - NVI)
O Senhor fala do que guarda a espada do sangue. Isto é pior do que não ir à batalha. O texto nos dá a impressão de que está falando de alguém que vai à guerra, mas que na hora da luta decide não lutar. Falamos aqui de alguém que tem algo a oferecer, mas decide deliberadamente em não fazer nada.
Compartilhe: Entendendo que a passividade é nociva a nossa vida na igreja local, que atitudes devemos tomar para sairmos desta condição?
Em II Sm. 13:22 Absalão fica calado durante dois anos. É importante destacar que o estágio da passividade quando não detectado e tratado, pode levar a pessoa a cometer erros ainda maiores. Absalão estava a caminho de ordenar a morte de seu próprio irmão (II Sm. 13:28).
É interessante notar como a passividade e a crítica estão ligadas. Percebe-se também que o ofício da pessoa não envolvida passa a ser o apontamento das falhas ao seu redor.
“Miriã e Arão começaram a criticar Moisés porque ele havia se casado com uma mulher cuxita.” (Números 12:1 - NVI)
Mais uma vez não interessa se o líder está certo ou errado, o que importa é saber o seu lugar como liderado.
Aquele que está de fora tem mais facilidade de notar os erros, pois não sabe como é difícil operar as tarefas internamente. Já aquele que se envolve tem uma visão melhor dos trabalhos e das responsabilidades, assim é mais difícil de ser um crítico.
3ª Semana - 18/12/2012 a 22/12/2012
4. Quarto estágio: Político e Engano
Absalão trilha o seu caminho: Ofensa, passividade, crítico das decisões do rei. E agora, decide envolver os outros nas suas ideias e opiniões. (Confira II Sm. 15:3-6)
A pessoa política procura de uma forma sutil distorcer a forma de gerir de seu líder, tentando mostrar aos outros que a sua própria ideia é a melhor.
“Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim.” (Sl. 131:1)
É necessário aprendermos com o salmista que existem assuntos que são elevados demais para nós. Davi já havia sido experimentado e ungido rei pelo Senhor. Já Absalão era apenas filho do rei com algumas habilidades que, infelizmente, encheram o seu coração a ponto de achar que deveria estar no lugar de seu líder.
Todo aquele que é desleal está, de alguma forma, enganado. Ainda que uma pessoa possua um carisma maior que de seu líder ou habilidades que o destaquem, ela não pode cair no engano de pensar que se encontra no mesmo nível de autoridade ou num nível além do de seu líder. Não podemos deixar que as vitórias e conquistas tirem a perspectiva de quem somos, e de qual é o nosso lugar no Reino de Deus.
Dentro desta linha é importante ressaltar: Não despreze o seu professor. Se você hoje ocupa um lugar de destaque, nunca se esqueça de quem o colocou lá.
Compartilhe: Exercite agora mesmo em sua memória, como seu líder atuou de forma a conduzir a sua vida ao momento atual?
Satanás era formoso e se deixou levar por isso, permitiu-se ensoberbecer pelo seu dom. Entretanto, quem o colocou no lugar onde ele estava? (Confira Ez. 28:12-19)
Temos de lembrar que, independentemente, do que venhamos a conquistar ou a ser, Cristo é o cabeça e o alvo, digno de toda honra, reverência e lealdade. Ao honrarmos os nossos líderes, honramos Cristo.
5. Sétimo estágio: Rebelião escancarada e Morte
A mãe do engano é tentar se rebelar contra quem quer te projetar: Judas e Jesus, Absalão e Davi e Lúcifer e Deus. Todos estes são exemplos de quem comete a loucura de ir contra o mestre, pai, criador que o projetou.
“Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência à mãe, serão arrancados pelos corvos do vale e devorados pelos filhos da águia.” (Pv. 30:17)
Depois de nutrir todo esse processo, o rebelde declara suas intenções abertamente.
A bíblia é clara quanto ao caminho sem arrependimento da deslealdade que é a morte (Rm. 6:23a). Este foi o fim de Absalão (confira II Sm. 18:14-15) e de Joabe (confira I Reis 2:31-34).
Conclusão: Já que tomamos conhecimento dos estágios da deslealdade, outro passo importante, agora, é nos submetermos ao Senhor para que forje em nós um coração leal.
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